"
If I fall along the way
Pick me up and dust me off
If I get too tired to make it
Be my breath so I can walk
...
Shouldn't be so complicated
Just hold me and then
Just hold me again " Bent - MatchBox 20
Me disseram, em dezembro de 2002, uma frase que eu jamais esqueci e que trago comigo até hoje. Uma amiga querida que foi, na época, secretária da área em que trabalhava me disse, ao saber que que não acompanharia a mudança da empresa para São Paulo: "Aprenda a conduzir a sua vida, não faça como a canção do Zeca Pagodinho que diz Deixa a vida me levar".
Mais do que uma verdadeira lição e conselho de vida, aquela frase me marcou porque realmente estava abdicando de trabalhar numa empresa reconhecida mundialmente, embarcando no mundo incerto de abrir minha empresa e virar consultor. Certamente um universo de medos e questionamentos vieram à tona posto que mergulhar rumo ao desconhecido sempre dá aquele frio na barriga e gera a dúvida sobre suas próprias capacidades e competências.
Antes eu poderia dizer que me sentia seguro e confiante quanto ao meu futuro, muitos disseram, mas agora onde não havia limites para os perigos, frustrações, conquistas e desafios que apareceriam, tudo parecia incerto e duvidoso. Alguns até desdenharam quando sai da empresa achando-me incapaz de trilhar meu caminho sem uma estrutura parruda me suportando e se você olhasse para o momento que o Rio de Janeiro atravessava, possivelmente concordaria com aquelas opiniões.
Minha resposta, como o tempo sabiamente demonstraria, foi dada através do meu trabalho, das minhas realizações, do espaço no mercado que minha empresa ocupou e mais do que isso pelo próprio retorno a empresa que havia saido no final de 2002. Fui convidado por 3 vezes a retornar até que de fato isso viesse a ocorrer em outubro de 2008, viajasse para o outro lado do mundo, mais precisamente na Líbia, onde novos e ainda mais desafiadoras experiências viriam a ocorrer.
Ao decidir recomeçar, ou mesmo quando somos forçados a recomeçar, creio que o primeiro e mais importante passo seja uma reconstrução mental. Esta reconstrução baseia-se sempre em reprogramar o nosso cérebro para evitar as armadilhas que nossa mente normalmente nos prega. É comum, e não raro, que nossa mente nos traga a nossa zona de conforto, seja pelas boas memórias que experimentamos e guardamos, seja pelo conforto e muitas vezes a falsa sensação de segurança que uma situação, mesmo que muito ruim, mas conhecida, nos traz.
Como então lidar com este processo de transformação e porque não dizer de reeducação? Veja, cada pessoa reage, naturalmente, de maneira diferente, mas no final das contas a resposta será a mesma: Um exercício lento e diário de exercitar nosso cérebro e nossa memória de todos os prós e contras que nos levaram a tomar a decisão que tomamos, ou que o destino tomou por nós. Como exemplo pessoal, posso claramente mencionar um término de relacionamento e um posterior reencontro com uma ex-namorada, onde era muito comum e, muitas vezes, inevitável virem à tona os bons momentos que tivemos e aquela pergunta: Por que terminamos? Bem, nosso cérebro, num instinto natural de sobrevivência e autopreservação, filtra e apaga as lembranças ruins e nos remete as boas, cabe portanto, a nós o esforço de ampliar o espectro e sabiamente apontar cada um dos porquês, e acreditem existem vários, que nos levaram a seguir nosso caminho sem aquela pessoa.
Simplesmente recomeçar? Sim, é somente isso. Ninguém disse que será fácil, logo eu não me atreverei a dizer que não existirão intempéries, ninguém também disse que será rápido, mas não podemos nos furtar a tentar. É mais ou menos como aquela citação do Lt. Col. Frank Slade no filme Perfume de Mulher, em que Al Pacino ganhou o Oscar, que explica e define com perfeição tudo que acabo de abordar: "If you make a mistake and get all tangled up, you just tango on." E o mais importante e legal na vida, é saber que sempre haverá no mundo alguém disposto a nos tirar novamente para dançar.
"
I'm trying to free your mind, Neo.
But I can only show you the door.
You're the one that has to walk through it " Morpheus - The Matrix
If I fall along the way
Pick me up and dust me off
If I get too tired to make it
Be my breath so I can walk
...
Shouldn't be so complicated
Just hold me and then
Just hold me again " Bent - MatchBox 20
Me disseram, em dezembro de 2002, uma frase que eu jamais esqueci e que trago comigo até hoje. Uma amiga querida que foi, na época, secretária da área em que trabalhava me disse, ao saber que que não acompanharia a mudança da empresa para São Paulo: "Aprenda a conduzir a sua vida, não faça como a canção do Zeca Pagodinho que diz Deixa a vida me levar".
Mais do que uma verdadeira lição e conselho de vida, aquela frase me marcou porque realmente estava abdicando de trabalhar numa empresa reconhecida mundialmente, embarcando no mundo incerto de abrir minha empresa e virar consultor. Certamente um universo de medos e questionamentos vieram à tona posto que mergulhar rumo ao desconhecido sempre dá aquele frio na barriga e gera a dúvida sobre suas próprias capacidades e competências.
Antes eu poderia dizer que me sentia seguro e confiante quanto ao meu futuro, muitos disseram, mas agora onde não havia limites para os perigos, frustrações, conquistas e desafios que apareceriam, tudo parecia incerto e duvidoso. Alguns até desdenharam quando sai da empresa achando-me incapaz de trilhar meu caminho sem uma estrutura parruda me suportando e se você olhasse para o momento que o Rio de Janeiro atravessava, possivelmente concordaria com aquelas opiniões.
Minha resposta, como o tempo sabiamente demonstraria, foi dada através do meu trabalho, das minhas realizações, do espaço no mercado que minha empresa ocupou e mais do que isso pelo próprio retorno a empresa que havia saido no final de 2002. Fui convidado por 3 vezes a retornar até que de fato isso viesse a ocorrer em outubro de 2008, viajasse para o outro lado do mundo, mais precisamente na Líbia, onde novos e ainda mais desafiadoras experiências viriam a ocorrer.
Ao decidir recomeçar, ou mesmo quando somos forçados a recomeçar, creio que o primeiro e mais importante passo seja uma reconstrução mental. Esta reconstrução baseia-se sempre em reprogramar o nosso cérebro para evitar as armadilhas que nossa mente normalmente nos prega. É comum, e não raro, que nossa mente nos traga a nossa zona de conforto, seja pelas boas memórias que experimentamos e guardamos, seja pelo conforto e muitas vezes a falsa sensação de segurança que uma situação, mesmo que muito ruim, mas conhecida, nos traz.
Como então lidar com este processo de transformação e porque não dizer de reeducação? Veja, cada pessoa reage, naturalmente, de maneira diferente, mas no final das contas a resposta será a mesma: Um exercício lento e diário de exercitar nosso cérebro e nossa memória de todos os prós e contras que nos levaram a tomar a decisão que tomamos, ou que o destino tomou por nós. Como exemplo pessoal, posso claramente mencionar um término de relacionamento e um posterior reencontro com uma ex-namorada, onde era muito comum e, muitas vezes, inevitável virem à tona os bons momentos que tivemos e aquela pergunta: Por que terminamos? Bem, nosso cérebro, num instinto natural de sobrevivência e autopreservação, filtra e apaga as lembranças ruins e nos remete as boas, cabe portanto, a nós o esforço de ampliar o espectro e sabiamente apontar cada um dos porquês, e acreditem existem vários, que nos levaram a seguir nosso caminho sem aquela pessoa.
Simplesmente recomeçar? Sim, é somente isso. Ninguém disse que será fácil, logo eu não me atreverei a dizer que não existirão intempéries, ninguém também disse que será rápido, mas não podemos nos furtar a tentar. É mais ou menos como aquela citação do Lt. Col. Frank Slade no filme Perfume de Mulher, em que Al Pacino ganhou o Oscar, que explica e define com perfeição tudo que acabo de abordar: "If you make a mistake and get all tangled up, you just tango on." E o mais importante e legal na vida, é saber que sempre haverá no mundo alguém disposto a nos tirar novamente para dançar.
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I'm trying to free your mind, Neo.
But I can only show you the door.
You're the one that has to walk through it " Morpheus - The Matrix
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