domingo, 12 de junho de 2011

Sinais de Fogo


"
Que distância vai guardar nossa saudade ?
Que lugar vou te encontrar de novo ?
Fazer sinais de fogo
Pra você me ver...

Quando eu te vi, que te conheci
Não quis acreditar na solidão
E nem demais em nós dois
Pra não encanar...
" Sinais de Fogo - Ana Carolina

 Em fevereiro deste ano, eu escrevi o post La Vie en Rose a pedido de uma amiga. A tarefa foi árdua pelo desafio de escrever um texto baseado em outro, entretanto foi recompensador, porque várias pessoas ( inclusive homens) elogiaram o resultado final. 

Alguns podem dizer que o texto era brega ou meloso, mas prefiro entender que era intenso, vivo e sincero. Era uma crônica que foi originada de forma rápida e simples e surgiu como se de fato já estivesse pronta. Entendo que os anos de minha vida em que vivi o amor e a paixão ( sinto e respiro a idéia de amar algo ou alguém como forma de inspiração) me ajudaram e também os anos de confidente que me permitiram ver, ouvir e conhecer as mais diversas forma de se querer ou de sofrer por alguém com todas as agruras e gostosuras que isto significa.

Na época do post, fiz uma homenagem ao dia dos namorados ( normalmente 14 de fevereiro em muitos paises) e acredito que casou perfeitamente. Agora, meses depois, estou aqui de novo disposto a uma nova homenagem. Acredito que agora a tarefa se tornou mais desafiadora porque o primeiro texto teve excelente repercussão e principalmente porque escrever versos é sempre uma incerteza do resultado final.

Voltei ao Brasil para celebrar os 45 anos de casados dos meus pais e acho que não há outra fonte mais inspiradora do que isso, um casal que se ama há tanto tempo de forma igual e intensa e eu sendo o fruto deste amor. Ah!!! o dia dos namorados, nada como uma paixão e poder dizer "Adoro você" todas as manhãs, nada como uma fonte de inspiração.

Desta vez não vou escrever um poema inédito, vou editar um antigo que escrevi quando ainda iniciava como poeta e que considero atemporal e pertinente para a data que se celebra hoje e que de fato deveriamos celebrar todos os dias.

Amantes

Nós somos pássaros
Somos o vento, somos a esperança
Somos o tempo brincando com o nulo
Em um mundo escuro e vazio...

Somos amantes, corpos ardentes
Que simplesmente se querem
Somos a herança
Que não se cansa em nos castigar

Ao relento
Somos na verdade
O que a velha humanidade
Esqueceu de ser.

Rio, 24/05/1985

"
Você sempre surpreende
E eu tento entende
r
Você nunca se arrepende
Você gosta e sente até prazer

Mas se você me perguntar
Eu digo sim, eu continuo
Porque a chuva não cai
Só sobre mim 


...

E é tão certo quanto calor do fogo
Eu já não tenho escolha
E participo do seu jogo, participo
" Fogo - Capital Inicial

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