quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

La Vie en Rose


"
Quand il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas,
Je vois la vie en rose.
Il me dit des mots d'amour,
Des mots de tous les jours,
Et ça me fait quelque chose.
Il est entré dans mon coeur
Une part de bonheur

Dont je connais la cause.

C'est lui pour moi,
Moi pour lui dans la vie,
Il me l'a dit,l'a juré
Pour la vie.
Et dès que je l'aperçois
Alors je sens en moi
Mon coeur qui bat"
La vie en Rose - Edith Piaf

Hoje me fizeram um pedido especial, escrever um post baseado em um texto previamente existente. Apesar de parecer uma tarefa muito fácil , aviso de antemão que não é. Digo isso, principalmente quando o texto em questão foi escrito por um renomado escritor brasileiro.

O texto que me enviaram faz uma análise sobre o Amor, suas particularidades e sobre a sua imprevisibilidade. Confesso que já havia lido o texto antes, achei bastante interessante e aborda assuntos que são senso comum, mas que apresentados com a roupagem apropriada dão um toque fino de humor a um assunto tão sério que é AMAR.

Vou tentar escrever agora uma crônica e tentar resumir um sentimento vivido por alguém apaixonado. Antes que algum desavisado me pergunte, dentro do texto haverá certamente uma ou mais pessoas que influenciaram o que será escrito.  Mas isso segue o princípio basilar do meu Blog, ou seja, eu sou a soma de tudo que eu vejo.

Como semana que vem em muitos paises é o "Valentine's Day", vamos dizer que esta é uma homenagem aos casais apaixonados, segmento o qual  durante muito tempo fiz parte e cuja realidade ando há algum tempo afastado. A foto do blog foi tirada em Novembro/2009 ao lado a Igreja de Notre Dame em Paris e a citação, mais do que apropriada, foi extraída de uma das mais lindas canções da cantora francesa Edith Piaf. A foto, ainda que não tirada intencionalmente para isso, mostra alguém em busca de alguém no meio da multidão. Acho que a sintese do Amor é isso, a busca do "seu" alguém na multidão.

Vamos ao texto......

Crônica do Amor Além Mar

Eu confesso que tentei te esquecer e com isso evitar a dor que a perda inevitavelmente traz. Confesso inclusive que quis te odiar, porque assim seria mais fácil achar uma desculpa para não te querer.

Mas o Amor não é assim, ele é traiçoeiro e muitas vezes faz casa dentro de você, mesmo quando você nem quer, pede ou espera. E outras vezes, ele se esvai, silencioso, sem avisar e sem ao menos dar um mero sinal de que é um Adeus.

Eu confesso que quando fecho meus olhos é você que eu vejo e também que posso sentir o seu cheiro e seu calor, como se você e eu ainda fossemos um só, ou como se você somente estivesse aqui ao meu lado, mãos entrelaçadas, seus pés tocando os meus e nós dois embaixo de uma coberta assistindo um filme em um dia de chuva.

Te confesso, também, que muitas vezes vejo que não te mereço, não porque tenha problemas de autoestima, ou ache, de maneira tola, que você é muito para mim, mas sim, porque percebo que muitas vezes eu não te entendo, ou melhor, não procuro entender os seus porquês.

Te confesso que o que me encanta em você talvez seja sua intensidade ao expressar seus sentimentos e desejos, a maneira como vê o mundo ou simplesmente quando vem até a mim para compartilhar o que sente e me perguntar se as cores com as quais eu pinto meu mundo são as mesmas que colorem o seu.

Mas te confesso, mais uma vez, que a sua intensidade, às vezes, me incomoda, simplesmente pela oscilação dos seus sentimentos ou porque na ansia de expressar o que sente, você me diz coisas que eu já sei ou já percebi, destruindo a aquarela que eu pintei.

Confesso que o mais difícil no Amor é que ninguém te dá a opção de escolher quem você ama e também porque nossos corações não possuem um botão ON/OFF. Acho que seria mais fácil, porque poderia decidir quando quero estar disponível ou não.

Vou ainda mais além e confesso, sem nenhum pudor, que ainda te quero e te desejo e que o que dói no Amor é que ele não é uma escolha unilateral e se é assim, porque eu ainda te espero?

E depois, de todo este desabafo te comento um outro fato, que entendo que um ciclo deve terminar para que outro comece e que inevitavelmente vou amar novamente, mas que isso não quer dizer que vou te esquecer. Mas não se preocupe, que as lembranças serão sempre saudáveis, guardadas em mim como um pequeno relicário em meu coração.

Te confesso, por fim, que é hora de parar de escrever e voltar a viver, porque o desamor ou o amor não reside em palavras, mas em atos e gestos e da forma como você se predispõe para que o mundo se abra novamente para você.

 E te comento, que tudo  que te confessei e escrevi, foram parte de um sonho, ou melhor de um pesadelo que tive esta noite e que não vejo a hora de voltar para casa e te rever. Porque, agora, mais do que nunca, percebi  o quanto te necessito e te quero e o quanto é importante para mim.

Ainda que distante e um pouco atrasado.... Sempre Seu..

 Happy Valentine's Days.


"
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
. " Soneto da Fidelidade - Vinícius de Moraes

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