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Olhos que procuram em silêncio
Ver nas coisas, cores irreais
O seu instinto, é o meu desejo mais puro
Esse seu ar obscuro
Meu objeto de prazer
Mas se você quiser, eu bebo o seu vinho
Mas se você quiser sou pedra, flor, espinho" Pedra, flor, espinho- Barão Vermelho
Bom, cá estou eu acordado, 03:25 da manhã, em Dubrovnik - Croácia, mantendo minha rotina de atualizar meu Blog. Primeiramente gostaria de me desculpar com aqueles que recebem meu post via email porque mandei sem querer uma publicação de forma equivocada. O lado ruim é que tira o suspense do título, mas o bom é que não havia escrito nada nem definido a imagem.
Distância focal....hum... estava outro dia pensando neste assunto. Será que a distância focal muda a forma como enxergamos o mundo ou as coisas? Será que a distância focal é mero pretexto para vermos as coisas dando o ângulo que melhor nos convém? Será que a distância focal nos permite distorcer os fatos e a realidade ou pelo contrário cabe a ela botar tudo em perspectiva?
Tive a oportunidade de conhecer a Bósnia e Herzegovina e também Montenegro nos dois dia que se passaram. Para quem não sabe, foram parte da antiga Iugoslávia e sofreram num passado relativamente recente com a guerra. Fiz um tour em Mostar, na Bósnia, e pude ser guiado por um local que participou da guerra e que certamente pela forma como abordou o tema comigo, tirou algumas vidas no processo.
Confesso que isso me fez refletir sobre a vida, sobre a dinâmica das coisas e sobre quão efêmero são os momentos em que podemos experimentar e como perdemos tempo conjecturando, muitas vezes, sobre coisas que são impossíveis de prever. Também me fez pensar nas marcas e dúvidas que carregamos conosco e de como temos dificuldade em superar nossos medos, ao invés de olhar para trás, aprender e algumas vezes deixar para lá e seguir em frente.
Mas não tem jeito, penso eu, o passado sempre nos cobra cedo ou tarde e traz a tona estes momentos. Digo isso em termos gerais, porque notei no tom de voz e no olhar do meu guia que a vida prosseguiu mas ele continua preso ao seu passado, disse para mim que estava em paz com o que passou, mas disse isso, como alguém que deseja se convencer da verdade e não porque acredita nela.
Por isso, sempre gosto de digerir estas experiências e traçar paralelos em minha vida. Lendo o momento que vivi naquele dia, pude realizar que há muitas coisas importantes acontecendo neste momento e que precisamos seguir o fluxo e permitir que esta onda continue crescendo positivamente. Devemos experimentar e acima de tudo arriscar. Risco sempre faz parte do processo de conquista e autoconhecimento, o que me remete a expressão: "Quem nunca se aventurou, nunca ganhou nem perdeu".
E neste momento ficou claro o que é a distância focal para mim. É o espaço físico ou de tempo que une ou separa as pessoas e decisões, é a forma como conseguimos ajustar nossa visão e realmente passar a enxergar os fatos e entender a razão de cada momento existir. Eu decidi viver os meus momentos, constantemente ajustando o foco e meu ângulo de visão, mas sempre vivê-los e vocês?
A imagem do álbum do Alejandro Sanz é para mim emblemática, assim como o próprio título do CD, "No es lo mismo", e representa que sempre temos mais de uma forma de ver as coisas e que ao mesmo tempo sempre podemos expandir nosso campo de visão ou simplesmente decidir deixar tudo como está.
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Eles brincam com fogo
Sabem queimar
Eles brincam com fogo
Sabem queimar...
Eles brincam com fogo
Sabem queimar
Eles brincam com fogo
Sabem queimar..." Belos e Malditos - Capital Inicial
Excelente texto, Marcelo. Lúcido e preciso.
ResponderExcluir(acho que vou recortar e andar com ele no bolso)...rsrsrs. Mande notícias, meu velho! Confesso que fiquei "bolado" com certas notícias das terras por onde andas. Mas já percebi que está tudo bem com vc.
Oi Marcelo, manda notícias. Leticia
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