quarta-feira, 11 de março de 2015

As três perguntas

"
Am I wrong for thinking out the box from where I stay?
Am I wrong for saying that I choose another way?
I ain't tryna do what everybody else doing
Just cause everybody doing what they all do
If one thing I know, I'll fall but I'll grow
I'm walking down this road of mine, 
this road that I call home " Am I wrong - Nico & Vinz

Acabei de terminar um treinamento no Instituto Kellogg em Chicago. E apesar de ter sido ministrado por ninguém menos que Deepak Chopra, a parte que me chamou muita atenção foi uma referência a Buda e as três perguntas importantes na vida antes de se falar e que podem nos trazer arrependimentos posteriores.

Deepak mencionava que muitas vezes não percebemos o impacto que temos na vida das pessoas e o quanto influenciamos, positiva e/ou negativamente, devido a relevância que temos para elas. Portanto, como Buda disse uma vez, devemos estar atentos para as três perguntas chaves antes de pronunciar qualquer palavra, são elas:

1) É verdade?
2) É gentil/necessário?
3) Fará alguma diferença?

Se para alguma destas perguntas a resposta for não, entende-se que o melhor é se calar e internalizar este pensamento. Muito líderes em minha turma ponderando sobre o tema, concluíram que realmente o impacto das palavras tem um poder imenso de influenciar as pessoas, suas ações e o nível de motivação.

O impacto desta reflexão foi relevante para mim porque Deepak fez outra exposição que, aliada a de Buda, tem transformado, nestes poucos dias após o programa, minha forma de agir. A colocação de Deepak, muito pertinente aliás, foi: Na vida, você prefere buscar as soluções em qualquer situação ou provar que está certo? E apesar da resposta óbvia, este me parece ser um dos dilemas da vida moderna. 

Em outro post, havia mencionado como a sociedade de hoje está individualista e voltada tão-somente para seu próprio umbigo. Relacionamentos são efêmeros, relações interpessoais superficiais,  o que nos leva a crer que muitas vezes o importante é estar certo. Não vejo desta forma, revendo calmamente o material do curso e digerindo tudo que escutei e assisti, cheguei a conclusão de buscar harmonizar a vida e que buscar a solução ao invés de estar sempre certo, são a melhor forma de se viver.

Esta reflexão remete-se a outro grande livro que li: "A arte da guerra" de Sun Tzu que posiciona que o mais relevante na vida é vencer a guerra e não ganhar uma batalha. Trocando em miúdos, a capacidade de resiliência em qualquer segmento da vida, sempre pode gerar frutos melhores do que simplesmente empacar tentando defender seu ponto de vista apenas para ter razão.

Mas esta é, sem dúvida, uma tarefa árdua porque o ser humano tem uma tendência de enxergar sua versão dos fatos ou, o que é pior ainda, julgar apressadamente baseado nos seus preconceitos.

A difícil tarefa de não gastar tempo e energia com o que não lhe compete e , ao invés disso, ocupar-se em buscar aquilo que te realize e faça feliz exige disciplina posto que, cada vez mais as pessoas tem uma opinião formada sobre o que é melhor para o outro, em detrimento em ocupar-se em simplificar sua própria vida.

Meses depois de iniciar este post, que começou em 2014 e só vai encontrar repouso em março de 2015, posso dizer que o que aprendi nestes meses e que passei a praticar, é algo mais simples do que se fazer três ou "n" perguntas, que é: Buscar ser sempre generoso, seja com você mesmo e com os que ama seja com todo os demais e além disso ser econômico em suas palavras, porque, na maioria das vezes, saber se calar pode ser o maior sinal de sabedoria.

Feliz 2015 ! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário