" Perhaps we are asking the wrong questions" Agent Brown - Matrix
Estou de volta depois de quase um mês em silêncio e como alguns dos seguidores deste blog reclamaram do hiato, aqui estou eu novamente escrevendo sobre a vida, seja a minha ou a de qualquer outra pessoa, traduzindo em palavras, crônicas do nosso cotidiano.
Estive fora do País e finalmente conheci os Estados Unidos. Mais uma vez viajei sozinho como tem sido minha rotina nos últimos 4 anos e pude com isso refletir sobre minha vida, sobre os rumos do mundo e meu papel nisso tudo. Acho que os períodos em que passo em silêncio servem imensamente para minha reflexão e como um grande amigo mencionou, estes momentos servem, acima de tudo, para aperfeiçoar meu autoconhecimento.
Tirei a foto acima no Central Park em Nova York e quando vi a cena, não pude deixar passar a oportunidade de registrar o momento em que as crianças estavam se divertindo em cima da escultura que apresenta os personagens de Alice no País das Maravilhas.
Neste momento dois pensamentos vieram na minha mente: O primeiro, inevitavelmente, do filme Matrix sobre a cena em que Neo vai consultar o Oráculo e descobrir se é o escolhido. O segundo, muito menos complexo, tem a ver com o fato de como as crianças conseguem se divertir com pouca coisa, como são capazes de, em sua inocência, simplificar a vida, longe das mazelas e preocupações que a vida adulta nos impõe, nos afastando de nosso lado criança que eu julgo tão fundamental para se ter uma vida melhor e mais feliz.
Voltando a falar da cena de Matrix, Neo se encontra na sala de espera com um menino que está entortando uma colher apenas com a força da mente. A citação do fim do post é a exata conversa entre eles e para não me estender muito peço que leiam ao invés de repetir tudo aqui de novo. O ponto interessante desta citação é que a mensagem passada, pelo menos para mim, é de que na medida que nós aprendemos a flexibilizar nossos pensamentos, ações, gestos e atitudes, conseguimos entender melhor as coisas, nos ajustar melhor as realidades, ao invés de esperar que tudo se ajuste as nossas vontades.
O interessante desta cena é que uma criança é quem ensina um adulto e não o contrário, ou seja, a simplicidade e as simplificações que só as crianças são capazes de fazer, isentas de vícios, vaidades e preconceitos é que permitem moldar as situações e achar uma forma mais maleável para se lidar com o mundo. Por isso, julgo tão importante mantermos sempre o espírito de criança dentro de nós e procurar nunca perder esta referência.
E para terminar uma reflexão importante sobre a vida: Como obter as respostas certas, se fizermos as perguntas erradas? Mais difícil do que esgotar este assunto é admitir nossa incapacidade de querer enfrentar a realidade dos fatos ou a dureza das decisões. Tudo na vida se inicia com um primeiro passo e isso é mais ou menos como andar numa montanha russa, feito o primeiro movimento a Física se encarregará do resto e os demais passos ocorrerão de forma natural.
Olhando esta foto e refletindo sobre tudo que posso aprender, fica para mim o desejo e exercício de simplificar as coisas e com isso me tornar ainda mais maleável. Talvez esse seja um exercício que todos nós devamos fazer e se for muito difícil basta observar novamente como se portam as crianças e aprender com elas.
"
Spoon boy: Do not try and bend the spoon.
That's impossible. Instead... only try to realize the truth.
Neo: What truth?
Spoon boy: There is no spoon.
Neo: There is no spoon?
Spoon boy: Then you'll see, that it is not the spoon that bends,
Neo: What truth?
Spoon boy: There is no spoon.
Neo: There is no spoon?
Spoon boy: Then you'll see, that it is not the spoon that bends,
it is only yourself. " Matrix