segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Tão Óbvio - Releitura


"
Pat: The only way you can beat my crazy was 
        by doing something crazy yourself. 
        Thank you. I love you. 
        I knew it the minute I met you.
        I'm sorry it took so long for me to catch up.
        I just got stuck. " Silver Linings Playbook

Para entender a citação e o post de hoje terei de pedir que leiam outro texto "Tao Óbvio" de Martha Medeiros. O link está bem ai no nome do post que acabo de mencionar e me foi enviado ontem por minha irmã . 

Sou fã de Martha, ela escreve aos domingos na Revista de Domingo do Jornal "O Globo" no Rio de Janeiro. Já tive oportunidade de escrever a ela comentando um de seus textos e ela gentilmente me respondeu de forma rápida e dedicando tempo a comentar meus comentários. Ali, ela me ganhou; imagino que muitas pessoas escrevam para ela, sei que deve ser extremamente atarefada, mas não só recebeu meu e-mail, como se deu ao trabalho de responder. 

Agora que você já leu o outro texto, ou para você que vai ler primeiro o meu, vamos lá. Martha aborda um tema muito simples, difícil, mas muito necessário nos dias de hoje: Simplificar a vida para ser feliz. Ela menciona a busca que tem feito na religião (no caso, Budismo) como uma das formas de encontrar o equilíbrio e de simplificar ainda mais seu dia a dia. 

E por que isso? Porque assim como ela, eu acredito que temos simplificar a vida. Menos estresse, abrir um pouco mais nossos corações, buscar aproveitar nosso tempo, apesar da rotina louca que nos impõe nosso dia a dia, cargos profissionais e todas as pressões sociais que temos ao nosso redor. Temos que de verdade, encontrar tempo para sermos realmente felizes. Creio que o mal do nosso tempo, não são as doenças físicas, são as doenças da alma, porque para estas, não tem medicina, nem tratamento que não venha exclusivamente do seu desejo de mudar. 

E por isso, a citação. Ela foi extraída do filme "O Lado Bom da Vida". Talvez eu não tenha dado a devida importância ao filme quando assisti pela primeira vez ou talvez tenha prestado pouca atenção aos detalhes. O fato é que, hoje, sozinho na minha sala revendo com calma e sem a influência das criticas da época do Oscar, puder perceber e me identificar com aspectos psicológicos do filme. 

Creio que quando ficamos presos a fatos do passado que nos marcaram, seja num campo afetivo, seja num campo profissional, nos tornamos cegos às alternativas que a vida nos oferece e as chances e portas que se abrem para que possamos encontrar e/ou reencontrar nosso equilíbrio e felicidade. Nós somos nossos próprios carcereiros, dispomos sempre das chaves que abrem todas as portas, bastando apenas estar dispostos a libertar nossas almas e abrir nossos corações. 

E o mais interessante, já mencionei isso antes em outro texto, é como possuímos um universo imenso de aparatos para interagirmos (Facebook, Celulares, Instagram, Twitter, etc.) e de verdade a maioria das pessoas não consegue se comunicar. Não conseguem ser sinceras com os outros e pior do que isso, nem com elas mesmas. 

Num mundo tão individualizado em que os mecanismos de comunicação, que deveriam nos aproximar, parecem, de fato, distanciar cada vez mais as pessoas, faço a mesma afirmação de Martha: "É tudo tão evidente, tão incontestável, que dá até sono. O que você ainda está fazendo lendo essa página? Acorde e vá pra rua.”. 

Em outras palavras, é tão óbvio que nosso tempo é curto e precioso que recomendo que você se levante  e se abra para as oportunidades que se apresentem e viva. Olhe para trás, com a plena convicção que mais do que os obstáculos que o caminho impôs, você viveu uma vida sem arrependimentos e que com certeza será muito mais repleta de realizações e alegrias.

Não é..... Tão Óbvio ?