sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Blogger w/o Blog



Bom, a tarefa de ser criativo a cada semana é o verdadeiro desafio do escritor, ou do aspirante a escritor, como é o meu caso. Mas, às vezes, nem sempre, a vida se simplifica e alguém traduz muito do que está em nosso íntimo e nos presenteia com um post pronto, limpo, intenso e contundente, traduzindo muitas vezes o que não conseguimos sintetizar em palavras.

Um grande amigo meu - eu vou ousar mais uma vez usar esta afirmação - me escreveu um email com o texto que segue abaixo, a foto acima e com o título que vocês podem ler em meu blog. Arrisco dizer que talvez eu não tivesse a mesma idéia de título e ele é perfeito. Um blogger sem blog é como um campo sem flor e isso, meus amigos, não posso permitir.

Por isso, tomei a liberdade de pedir a ele para tornar seu email em post e eu humildemente fazer apenas a introdução. Ele, para minha surpresa, concordou com a idéia e aqui estamos prestes a nos deleitar com um texto literário de alta qualidade, a única particularidade de hoje é que é em inglês, mas vale o esforço ou se estiver muito difícil usem o google translator, ok? hehe.

Na semana passada, completei 2 anos morando e trabalhando na Líbia e creio que quando e se voltar as minhas origens, talvez tenha os mesmos sentimentos e me faça as mesmas perguntas que estão expressas no texto abaixo. Não sou mais aquele rapaz que saiu do Rio de Janeiro, com duas malas apenas e todas as minhas coisas vendidas ou presenteadas, na mais clara disposição de abrir as portas para um novo futuro e um novo eu, renovado, menos incompleto e mais realizado. Sou alguém que ousa todos os dias sonhar com um novo amanhã tentando se testar, conhecer, inovar e compartilhar.

Mas chega de papo, vamos degustar o texto. Ai está:

"Tonight I was looking thru the window of my flat. I realize that something was akwardly different. After stearing at my new playground, downtown, I finally realize that what changed was me. This eyes are not mine, are not longer the eyes of a thirty-something unsecure engineer shouting to the world "Here I am!"

These eyes of mine are those who saw the world, the people that never imagine, those who saw the faces of the young guys working for you expecting your advise, the eyes of a soul that experienced the bound of those that shared the trench. Inexpected friendship born from the solely sharing of a foxhole in nowhere land.

Then I saw, kind of sadly my new (old also) jungle. Different game that we play in a project. There are killers out there. They will peal your skin without even blinking. I know them. I worked for them. They wanted me to be like them.

The jungle seems so quiet at midnight. Early morning brings the feeling of the beasts weaking up. With one objetive, taking you out of their way. Some sort of evolved Gordon Gekko (Wall Street), but in this case they dont open the game, they kiss you and hugh you. So theatrical.

There`s always a challange awaiting. The path (and me) was leading me here. Here, where I was borne and raise I know that I came to found me thruly. I will prevail, or others will.

The pic tries to capture that feeling of "hurrican`s eye". Quiet, safe, sharming, spreading that mix of wiskey, milongas, cafe conversations, walking of couples in a hurry. One side of the coin. It was already flipped.

Just thoughts to share, hoping the find the right ear. "

Meu amigo você terá sempre este que vos escreve para te escutar e só mais um desejo..... EXITO TOTAL!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Smile and Wave




Skipper the Penguin: Nah! Just smile and wave, boys. Smile and wave.


Eu posso dizer, sem sombra de dúvidas, que tenho a sorte e o privilégio de trabalhar e conviver com profissionais talentosos e competentes. Mais do que isso, tenho nos últimos 2 anos trabalhado com profissionais diferenciados, tanto senior, semi-senior, como jovens, com um plano de carreira inegavelmente de sucesso.

Além do aspecto profissional, o diferencial para mim é a váriavel humana. Tenho convivido com pessoas cuja inteligência emocional se destaca e torna o meu caminho extremamente agradável na perfeita sintonia entre trabalho, amizade e aprendizado. Tenho que ressaltar que existe também uma cumplicidade que permite a sinergia entre nós.

Na foto acima, estão presentes duas pessoas que tem contribuído inegavelmente para minha formação. Diego e Dimas são profissionais altamente qualificados, diferenciados, sem dúvida alguma, e com os quais tenho aprendido muito. Não quero ficar aqui me repetindo, nem é o objetivo do blog e deste post, mas precisava mencionar porque pessoas que te acrescentam merecem ter destaque.

Ainda falando da foto, ela foi tirada na noite em que antecedeu a partida de meu roommate e ouso dizer amigo Diego. Não preciso dizer que fará falta não só pela companhia diária (degustando muitas vezes um cohiba maduro) , mas pela sagacidade e toque refinado na condução de seu negócio. Mas assim é a vida, cíclica, dinâmica e em constante renovação.

O título do post nada mais é do que uma homenagem a ele. Dias antes de partir conversavamos que conforme a data final se aproxima, começamos a sentir saudades do que estamos deixando. Acho que já disse em um post passado que o vazio que fica dentro de nós deriva-se do que deixamos em cada um com quem convivemos. Depois, este vazio se preenche e a vida recomeça em mais um renascer, mas sei que no começo não é fácil.

Sei também que não é um adeus e sim um até breve. Portanto, enquanto não nos reencontramos fica o sincero desejo de sucesso e realizações, profissionais e pessoais, e também a mensagem.....

Smile and Wave , Smile and Wave .......

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Por que o mundo não é cor de rosa?

"vivir es lo más peligroso que tiene la vida
que digan por televisión
que hay suelto un corazón
que no es igual
que es peligroso... que es distinto" No es lo mismo - Alejandro Sanz

Semana passada me perguntaram : Por que o mundo não pode ser cor de rosa? Apesar de qualquer piada com a cor posso dizer que eu mesmo já me fiz esta pergunta um par de vezes e a resposta dura e simples é a que minha mãe me deu na época: "O mundo não é mãe, é madastra. Mãe você só tem em casa !".

Confesso que é por ai e o mundo por mais perfeito que queiramos construí-lo, deve ser primeiro perfeito para nós e para aqueles que apreciamos. A frustração que gera a pergunta do post de hoje surge quando você tenta tornar linear as formas de pensamento e condutas dos seres humanos. Ed Motta já diria : "O mundo é fabuloso, o ser humano é que não é legal", mas eu ainda acredito no ser humano e na capacidade de extrairmos o que há de melhor em cada pessoa.

Já me disseram também tempos atrás : "Eu consigo ler você." Independentemente do contexto e do fato de que não me acho transparente ou superficial (hehe), eu não sei realmente o quanto as pessoas conseguem de verdade nos ler, ver dentro do nosso verdadeiro intímo, o que pensamos, sentimos e desejamos. Eu quero o mundo cor de rosa, mas como o rosa é uma combinação de cores e como cada um de nós carrega apenas um leque delas, preciso de alguém ou de algumas pessoas para compor as cores do meu mundo ou para, ao menos, me apresentar combinações diferentes.

Pensando assim, creio que não quero que meu mundo seja de fato rosa. Quero que cada dia seja de uma cor, que se componha do meu estado de espírito, do estado das coisas e daquilo que as pessoas que me cercam transmitam para mim. Quero o cinza quando estiver triste, o amarelo quando estiver alegre, o azul/verde quando a esperança e a perseverança brotarem, o vermelho quando meu coração estiver cheio de amor e desejo e talvez ou finalmente, o rosa quando meu coração e meu espírito estiverem em harmonia.

A complexidade das cores é igual a complexidade humana e talvez ai que as pessoas se frustrem, se desiludam ou questionem a natureza das coisas. O truque, e ai é minha opinião apenas, reside em esperar e respeitar o tempo das coisas porque devido a velocidade de nosso mundo e a dinâmica do nosso dia a dia, ficamos impacientes, intolerantes e ansiosos. Queremos mudar coisas que não podemos, ajustar o tempo das coisas que não conseguimos controlar e experimentar coisas que não estão em seu tempo de madurez.

Sei que a equação não é simples e que muito menos compor um arco-íris seja fácil. Mas se eu puder juntar todos os dias um universo de cores, talvez eu não tenha um arco-irís mas consiga a exata combinação de cores que fará de meus dias sempre claros, radiantes ainda que nem sempre rosa.

E então? Qual é a cor do seu mundo ?

"
It's the end
End where I begin
It's the end
End where I begin"  End where I begin - The Script

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O Dia dos Namorados

Bom, estou eu aqui de volta.

Creio que mencionei em um dos meus primeiros posts que a escrita de um blog, textos, poesias requer muito mais do que idéias, exige disciplina. Desde que retornei do meu descanso periódico não tenho me comprometido com a escrita o que considero um erro. Oxigena o cérebro, limpa a alma e mantem o contato com o mundo exterior mesmo que de forma anônima.

Alguns amigos que acompanham mais fielmente reclamaram que não escrevo a mais de um mês e mesmo sem renovação de textos vejo que a frequência de visitas ao site tem sido muito boa levando-se em conta que não faço muita divulgação dele. Bem, mas chega de papo e vamos a crônica de hoje.

Em junho de 2000 estava separado de minha primeira esposa, cursava Direito no centro do  Rio de Janeiro e tive a infeliz idéia de convidar dois grande amigos, mais precisamente irmãos de alma,  para irmos ao cinema. Sinceramente, não tinha associado que exatamente naquele dia era o dia dos namorados (12 de Junho, no Brasil) e decidimos assistir um filme no cinemark downtown.

O filme, uma bela porcaria, se chamava A Reconquista. Como sempre tinha o hábito de comprar um balde de pipoca e refrigerante, sugeri que meus dois amigos pegassem lugar no cinema porque as salas de cinema estavam concorridas naquele dia.

Esqueci de mencionar que um dos meus amigos tinha cabelos até a cintura e devido ao fato de ser bem magro em muitas ocasiões, algumas dela comigo, era confundido com uma mulher. Nada de mais, estavamos acostumados e sempre faziamos disso motivo de várias piadas.

Bom, mas estava eu sozinho na fila e logo em seguida fui a sala onde passava o filme. Como demorei, o filme tinha acabado de começar e eu lá em baixo, o cinema é tipo arena, procurando meus amigos. Como estava escuro, não consegui encontrá-los e achei que estavam se escondendo de mim, brincadeira comum entre nós na época. Fui sentar, portanto, em um local com um lugar vago ao lado para esperar eles se manifestarem.

Passado tipo meia hora, nem sinal dos dois e comecei a me preocupar, onde estariam eles? Bom, a charada foi respondida 5 minutos depois quando o meu amigo de cabelos longos veio andando tranquilamente e o outro emburrado logo atrás. E meu amigo ficou emburrado o filme inteiro sem eu saber o porquê.

Mais tarde, no restaurante, eles me contaram o que aconteceu. Eles haviam entrado na sala errada, onde passava o filme "Gladiador" , sucesso da época. O cinema lotado, quase sem lugar para sentar, e na penumbra um grupo de namorados na fila superior começou a se mobilizar....Move para cá, move para lá e voilá....uma menina fala : "Ei, psiu,  vem vocês dois sentar aqui".

Meu amigo de cabelo longo, faz uma voz grossa e fala:  "Obrigado, valeu!!!" , os casais ficam surpresos porque percebem que sem mobilizaram por dois homens e não por um casal e meu outro amigo todo sem graça, ficou emburrado porque pensaram que era um casal....Vai saber...

Moral da história: Se está solteiro, nada de programas no dia dos namorados...ou pelo menos corte o cabelo....